A semana começou em alto nível com o Painel 6 da ESG Double Week do Ibracon – Instituto de Auditoria Independente do Brasil. O evento, que segue até o dia 5/9, ocorre sempre das 9h às 11h, de forma online e gratuita.

O Painel “Como as divulgações de sustentabilidade serão um diferencial para o mercado de capitais brasileiro” contou com as participações de Fabio Coelho, presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), Carlos Takahashi, diretor da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), Haroldo Levy Neto, diretor Técnico na Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Brasil (APIMEC Brasil) e Diego Barradas, coordenador do GT Capital Markets do Ibracon como moderador.

Diego Barradas iniciou o painel trazendo uma contextualização acerca do pioneirismo do Brasil em endossar as normas ISSB e os padrões IFRS S1 e S2, amplamente abordado na primeira semana da ESG Double Week. “Muitas pessoas ficaram surpresas com a rapidez da CVM, nosso órgão regulador, em realizar esse endosso. É interessante observar a evolução da regulamentação da CVM ao longo do tempo e perceber que essa decisão foi respaldada por estudos detalhados realizados pela autarquia. Portanto, não foi uma ação deliberada e sem fundamentação”, explicou.

Sobre o atual cenário do mercado de capitais, Fábio Coelho comentou que muitos investidores internacionais atualmente exigem informações de sustentabilidade como um critério para alocação de capital e que, consequentemente, muitas empresas podem enfrentar dificuldades para acessar capital se não aderirem a essas normas.

“Estamos observando que as companhias começam a comunicar ao mercado a adoção, ainda que voluntária, desses frameworks de sustentabilidade. Já vemos comunicados, e até mesmo fatos relevantes, de algumas empresas afirmando que estão começando a implementar essas práticas e que, daqui para frente, farão isso de maneira consistente. Esse é um ponto importante da perspectiva dos investidores, que abre outras frentes relevantes no contexto dos investidores institucionais”, continuou.

Com o Brasil sendo o anfitrião do G20, reforçando sua posição de liderança em discussões sobre pautas globais, incluindo a transição climática, Cacá Takahashi comenta que o país está desempenhando um papel central nessas discussões. “É essencial preparar empresas, instituições financeiras e a sociedade em geral para essa transição. O Brasil tem o potencial de ser um grande gerador de ativos para apoiar essa mudança. Diversos mecanismos já foram criados para gerar liquidez nos mercados globais, e agora esses recursos precisam ser direcionados de forma adequada, dentro de uma nova regulamentação de investimentos sustentáveis”, explicou.

Em sua fala, Haroldo Levy Neto, destacou a relevância do desenvolvimento continuado fazer que possamosfazer frente ao cenário atual de mudanças. “Sabemos que, sem educação profissional continuada, é difícil acompanhar as constantes mudanças, especialmente no Brasil, onde estamos acostumados a alterações frequentes. A legislação, a regulação e a autorregulação têm avançado em conformidade com o que vem sendo desenvolvido nos mercados globais. O objetivo é garantir que as divulgações sejam claras, confiáveis e comparáveis, para que realmente façam a diferença no nosso mercado de capitais”, encerrou.

As perguntas do público foram conduzidas aos painelistas por Diego Barradas, contando com a participação especial do presidente do Ibracon, Sebastian Soares.

Ainda dá tempo de se inscrever na ESG Double Week do Ibracon, acesse: www.ibracon.com.br/esgweek e faça a sua inscrição.

Por Comunicação Ibracon