ESG Double Week: Principais requerimentos de divulgação da primeira norma temática - CBPS 2 (IFRS S2) em debate - Ibracon
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ESG Double Week: Principais requerimentos de divulgação da primeira norma temática – CBPS 2 (IFRS S2) em debate

30 de agosto de 2024

Aconteceu nesta quinta-feira, 29, o Painel 4: “CBPS 2 (IFRS S2) – Principais requerimentos de divulgação de fatores climáticos: O que precisa ser divulgado e de que forma?”, da ESG Double Week do Ibracon – Instituto de Auditoria Independente do Brasil. O evento ocorre até o dia 5/09, sempre das 9h às 11h.

Conduzido pelos membros do GT Sustentabilidade e ESG do Ibracon, Leonardo Costa, Maikon Castilho e Vanessa Matos, o painel foi moderado por Ahmed Khatib, gerente Técnico do Instituto.

Os painelistas apresentaram as definições da primeira norma temática em que haverá o uso do julgamento profissional, combinado com uma série de premissas e análise de dados (inclusive históricos) para que se divulguem cenários de estresse de resiliência climática e como esses cenários podem afetar os fluxos operacionais de caixa das empresas.

As normas de divulgação de relatórios de sustentabilidade orientam os investidores na avaliação das práticas de ESG das empresas, considerando os impactos climáticos em suas operações e ativos, em consonância com as demonstrações financeiras, conforme explicaram os especialistas.

As informações divulgadas auxiliam investidores e outros stakeholders na tomada de decisões, proporcionando uma compreensão clara dos riscos e oportunidades climáticos enfrentados pelas companhias. O principal objetivo é não só permitir que as empresas mensurem seus riscos e oportunidades climáticos, entendendo os efeitos desses fatores em suas operações, mas também atrair novos investidores e fortalecer a confiança dos investidores já existentes.

“A divulgação das informações de sustentabilidade é essencial para as companhias, pois promove maior transparência e comparabilidade entre os dados. A norma vem justamente para fortalecer essa diretriz, garantindo que as empresas, especialmente as de capital aberto, adotem essas práticas de forma sistemática em seu dia a dia, e não apenas como uma forma superficial de discurso, sem o respaldo de dados históricos ou comprovação de sua aplicabilidade”, exlicou Vanessa Matos.

As mudanças climáticas, causadas pela emissão de gases de efeito estufa, resultam em alterações nos padrões de temperatura e clima, gerando ameaças que representam riscos para as empresas. Por meio da análise de cenários, as empresas podem identificar suas ameaças e o nível de risco e impacto associado. Existem dois tipos principais de riscos: os riscos físicos, que estão relacionados ao aumento de eventos climáticos extremos, como chuvas intensas, secas prolongadas, elevação do nível do mar e vendavais; e os riscos de transição, que são associados a mudanças em regulações, políticas, tecnologias e padrões de mercado.

Para Leonardo Costa, “após identificar todas as ameaças e riscos decorrentes das mudanças climáticas, a empresa deve determinar os efeitos desses riscos em seu modelo de negócio, cadeia de valor e estratégia. Isso inclui avaliar como mitigar riscos negativos, aproveitar oportunidades e, principalmente, compreender o impacto financeiro dessas ameaças no balanço, nos resultados e no fluxo de caixa da empresa. Esse é o tipo de exercício e relatório que as empresas devem fornecer às partes interessadas”.

“Estamos todos aprendendo ao longo desta jornada. Uns avançam mais rapidamente, enquanto outros demoram um pouco mais”, explicou Maikon Castilho. “Mas o essencial é o foco nas normas de divulgação de relatórios de sustentabilidade, que permitirá que as companhias utilizem cenários climáticos para avaliar sua resiliência em um ambiente em constante mudança”.

Ainda dá tempo de se inscrever na ESG Double Week do Ibracon, acesse: www.ibracon.com.br/esgweek e faça a sua inscrição.

 

Por Comunicação Ibracon