10 de setembro de 2024
As discussões em curso no mundo em relação às International Financial Reporting Standards (IFRS) e como as revisões nos padrões internacionais de contabilidade devem impactar a Contabilidade brasileira foram os temas do painel
O diretor Técnico do Ibracon – Instituto de Auditoria Independente do Brasil, Rogério Mota, participou, na tarde do primeiro dia (9) da programação do 21º Congresso Brasileiro de Contabilidade, do painel “IFRS: o que esperar nos próximos anos?”, juntamente com o membro do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC),Fernando Caio Galdi, e o vice-coordenador Técnico do CPC, Bruno Meirelles Salotti, mediador do painel.
As discussões em curso no mundo em relação às International Financial Reporting Standards (IFRS) e como as revisões nos padrões internacionais de contabilidade devem impactar a Contabilidade brasileira foram os temas do painel. Rogério Mota e Fernando Caio Galdi, apresentaram um panorama sobre os assuntos em discussão no CPC, com destaque para a norma IFRS 18 – Apresentação e Divulgação das Demonstrações Contábeis e para a Orientação Técnica OCPC – Créditos de Descarbonização.
Mota iniciou sua apresentação explicando as atribuições do CPC, entre elas o estudo de assuntos contábeis e a emissão de documentos técnicos, orientações e interpretações sobre as normas contábeis. A seguir ele fez um resumo sobre as mudanças que devem ocorrer nos próximos anos, entre elas a divulgação dos riscos climáticos aos quais as empresas estão expostas, o método de equivalência patrimonial e os instrumentos financeiros com características de patrimônio líquido.
Após o panorama geral apresentado, Fernando Galdi apresentou as duas principais mudanças que os contadores devem estar atentos, o IFRS 18 e o OCPC 10.
“A IFRS 18 é uma norma recente, mas muito relevante, dado o impacto que terá nas demonstrações contábeis primárias, especialmente a Demonstração de Resultados do Exercício (DRE). Por sua vez, a OCPC 10 está em fase de finalização e possui um destaque importante por tratar sobre os créditos de carbono e o Brasil é um país com um potencial enorme de captação de créditos, além de formar um mercado que equilibra as emissões de carbono e a temperatura do planeta”, resumiu Galdi.
Sobre as razões para que essas revisões nos procedimentos contábeis ocorram, Rogério Mota ressaltou que não é possível que a legislação brasileira acompanhe as boas práticas internacionais sem essas adequações periódicas: “a legislação exige que a Contabilidade brasileira esteja adequada aos padrões internacionais, mas ao mesmo tempo define os parâmetros dessa adequação. Quando os procedimentos contábeis internacionais mudam, a legislação não acompanha e começam a surgir lacunas e pontos que necessitam ser corrigidos”.
“Estas mudanças surgem para atender demandas dos usuários das informações contábeis e do mercado e após muito estudo e discussão. Não existe modelo perfeito, mas as mudanças apresentadas no painel são frutos de um esforço conjunto e o resultado obtido é o melhor que se pode obter em normas contábeis”, avaliou Bruno Meirelles Salotti.
O CBC
O maior evento contábil da América Latina acontece a cada quatro anos e tem a finalidade de capacitar a classe contábil, promover o debate de temas atuais e estratégicos para a Contabilidade e proporcionar um ambiente de troca de experiências.
O 21° CBC tem o patrocínio do Ibracon e contará com 48 painéis, 9 palestras, 22 fóruns e a apresentação de 136 trabalhos, entre produções técnicas e científicas. A programação inclui ainda uma Exposição Literária, Feira de Negócios e agenda cultural.
Fonte: Comunicação CFC
Por Comunicação Ibracon
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